Durante chuvas, feirantes reclamam falta de estrutura na rua Nova Esperança, mas o que falta para retornarem ao Mercado Municipal?

Por: Jan Santos/Impacto

Com o início da reestruturação do Mercado Municipal, que começou no dia 19 de julho de 2022, os feirantes de Itanhém passaram a realizar a tradicional feira livre de sábado na rua Nova Esperança, local onde já realizavam a “Feira de Quarta”.

Contudo, a única estrutura disponível aos feirantes ali são pequenas barracas, fornecidas pela prefeitura, através da secretaria de Agricultura, para a exposição de seus produtos e, ao que tudo indica, nem todos recebem, pois é possível ver algumas mercadorias expostas no chão mesmo.

No último sábado, 1° de março, alguns feirantes fizeram um apelo à Administração municipal, devido às fortes chuvas que estragaram produtos. Os vídeos logo ganharam as redes sociais. Veja:

Uma vendedora, que não se identifica, fez o primeiro apelo, filmando o estrago causado pela chuva e pela enxurrada.

“Nossos produtos estragando tudo, prejuízo, enxurrada pra todo lado, fazer o quê? Ninguém faz nada! Entra ano e sai ano, desse jeito. Bora ver aí, gente do grupo! Vamos falar com nosso prefeito. E, de agora pra frente, a chuva vai ser assim, chuva grossa. ‘- Tá filmando?’ (Voz ao fundo) -Tô! Mostrar pra eles o sofrimento”, finalizou.

Em um segundo vídeo, outra feirante chama a atenção do poder público sobre a liberação do galpão do Mercado Municipal, que foi entregue à população no dia 28 de dezembro de 2024.

“Vamos ver se esse mercado sai logo, que nós tá sofrendo aqui, dentro d’água viu, ó como é que tá carregando as coisas aqui já, ó pra vocês ver”

No final da gravação, uma terceira pessoa ainda menciona o nome do prefeito. “Ó aqui, Bentivi, como é que tá aqui na águão ó, Bentivi!” Finaliza ele fazendo graça.

Mas, o que falta para os feirantes retornarem ao Mercado Municipal?

Segundo relatos, alguns feirantes alegam que o Mercado é longe do centro e que a rua Nova Esperança se torna melhor, por ser mais próxima do movimento da rodoviária. Outros ainda se manifestam contra o fato do antigo gestor ter liberado os Boxes do novo galpão a pessoas que não tem ligação com a feira.

A redação do Impacto da Notícia fez contato com o secretário de Agricultura de Itanhém, Murilo Neves São Leão, para compreender as circunstâncias e melhor informar à população, principalmente aos consumidores tradicionais da feira.

Segundo Murilo, a proposta do retorno ao Mercado Municipal já foi feita – inclusive em reunião, no dia 18 de janeiro, e que cerca de 90% dos feirantes já sinalizaram que vão voltar agora em março.

Sobre a divisão dos Boxes, o secretário disse que conversou com um representante da Câmara de Vereadores e que, segundo o projeto do governo do Estado, o galpão não é apenas para feirantes, exigindo outros segmentos, como açougue, lanchonete, bares e lojas diversas e que, se tudo estiver dentro da lei, nesse sentido, o gestor atual não tem como reverter o processo de distribuição.

Murilo ainda disse que a gestão está estudando construir uma cobertura na área externa do galpão do Mercado, caso o novo espaço não acomode todos os feirantes.

“Como ficou combinado na reunião que fizemos, agora, no mês de março, vamos levar os feirantes de volta para o Mercadão. Já temos umas barracas novas, mas vamos tentar providenciar toldos, barracas maiores, até ver se é necessário construir uma cobertura. Aos poucos, vamos fazer essa reestruturação”, disse o secretário.

A Feira de Quarta continua na rua Nova Esperança?

Ainda de acordo com o Murilo, a prefeitura, por meio da secretaria de Agricultura, já está organizando a mudança da Feira de Quarta, com dois locais em vista: rua São José, fundos da rodoviária, ou na Praça Otávio Mangabeira (Praça da Rodoviária), pois, além dos problemas das enxurradas, a organização da feira no local tem causado transtornos aos moradores, com trabalhadores chegando por volta das 2:30 manhã para montar barracas, e acabam perturbando o sono dos moradores.

Desta forma, os pontos citados para a instalação da Feira de Quarta tem logística melhor, não dá alagamentos e não há risco de perturbar moradores, já que o local é basicamente de comércio. 

 

 

 

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